top of page
  • comercial18125

Arroz: Preços mundiais sobem diante de ofertas mais escassas

No início de setembro, os preços mundiais haviam subido em média 20% em relação ao início de janeiro.


Tendências de mercado


Em agosto, preços mundiais do arroz subiram como resultado de ofertas mais escassas. As cotações aumentaram sobretudo no Vietnã e Tailândia onde as disponibilidades se tornaram mais raras e se encontram sob pressão da demanda de importação de países do sudeste asiático e da África, a qual começa a reativar-se. As necessidades de importação dos países africanos podem aumentar nas próximas semanas devido a inundações sem precedentes nas regiões ocidentais do continente.

No início de setembro, os preços mundiais haviam subido em média 20% em relação ao início de janeiro. Na Ásia, safras de segunda temporada (das três anuais) foram afetadas por causa da seca, principalmente na Tailândia.

No Paquistão, a colheita principal, que começa em setembro, pode ser atrasada devido ao excesso de chuvas. Nos Estados Unidos, todas as regiões produtoras de arroz têm sido afetadas pelas más condições climáticas, que podem alterar a expectativa de safra atual. No Mercosul, as ofertas serão reduzidas nos próximos seis meses.

Os mercados estão monitorando de perto a evolução da oferta global, à medida que as principais colheitas no hemisfério norte começam, o que continuará ao longo do ano. China e Índia, os dois maiores produtores mundiais, deverão aumentar sua produção graças à expansão da área cultivada com arroz e à melhoria das condições climáticas.

Em agosto, o índice OSIRIZ / InfoArroz (IPO) subiu de 5,7 pontos para 229,0 pontos (base 100 = janeiro de 2000) contra 223,3 pontos em julho. No início de setembro, o índice IPO se mantinha em torno de 230 pontos.


Produção Mundial


De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial em 2019 teria sido estabelecida em 754,3 milhões de toneladas (500,8 Mt com base no arroz branco), queda de 1,1% em relação a 2018. Em 2020, projeções indicam uma recuperação de 1,7% a 766,9 Mt (509,2 Mt com base no arroz branco).

Espera-se um aumento da produção chinesa e indiana graças à ampliação das áreas plantadas e às melhores condições climáticas. No sudeste asiático, principalmente na Tailândia, espera-se um aumento da produção, mas abaixo do esperado devido à seca que afetou a segunda safra em meados do ano. No resto da sub-região, a produção deverá permanecer relativamente estável. Na África Subsaariana, e principalmente nas regiões ocidentais, as chuvas foram abundantes favorecendo o desenvolvimento das lavouras.

Mas as inundações recentes, as piores em 60 anos, podem afetar as safras que começarão nas próximas semanas. As perspectivas de aumento da produção africana em 2,9% podem ser revisado para baixo. No Mercosul, a safra 2020 foi positiva, marcando um aumento da produção global de 3% em relação a 2019.

Também nos Estados Unidos as colheitas devem melhorar graças ao aumento das áreas semeadas. Mas há incertezas devido ao mau tempo durante a época da colheita.


Comércio Mundial


Em 2019, o comércio mundial caiu 9% para 44,1 Mt contra 48,5 Mt em 2018. Os principais importadores asiáticos, com exceção das Filipinas, reduziram suas demandas de importação. As importações africanas também teriam sido menores em 2019, visando 16,7 Mt contra 16,9 Mt em 2018.

Para 2020, as novas projeções foram reduzidas, apontando para uma recuperação de apenas 0,6%, para 44,3 Mt. Nessa relativa estabilidade do comércio mundial, há contrastes do lado da oferta.


As exportações tailandesas devem cair novamente em 15%, marcando o menor nível dos últimos 20 anos e até mesmo perdendo, a favor do Vietnã, o segundo lugar no maior exportador mundial. Em contraste, a Índia deve registrar uma recuperação de 10% em suas exportações, consolidando assim sua liderança mundial.

As primeiras projeções para 2021 indicam por enquanto um aumento significativo no comércio mundial de 6,3% para 47,1 Mt, ou seja, 2,8 Mt a mais do que em 2020.


Os estoques globais de arroz encerrados em 2019 aumentaram 4,7% para 184,6 Mt contra 176,3 Mt em 2018, atingindo seu nível histórico mais alto. Essas reservas representam 37% das necessidades mundiais. A melhora adicional se deve principalmente ao aumento das reservas na China e na Índia, bem como na Indonésia.



Fonte: Planeta Arroz

Foto: Tadeu Vilani/RBS




4 visualizações0 comentário
bottom of page